O GOVERNO E O TACÃO AUTORITÁRIO
O governo federal, inconformado com a impossibilidade de cortar ponto e interromper a operação padrão de servidores públicos, em especial da Anvisa e Receita Federal, abusou do autoritarismo. Ao invés de negociar com seus empregados, baixou o tacão discricionário, quase revivendo os tempos “áureos” dos decretos-lei. O decreto nº 7.777/12, assinado pela presidente às vésperas do seu périplo londrino, já apelidado de AI-5 do Serviço Público, mais uma vez demonstra a incapacidade de diálogo do governo. O ato legal que sinaliza com a transferência de atribuições a outras Unidades da Federação demonstra uma triste realidade: o desprezo pelas pessoas que trabalham no serviço público federal. O decreto presidencial é bem claro: Substituam as pessoas que protestam! Como se estas fossem peças de uma máquina que teimam em reclamar contra a falta de manutenção e investimentos. Eivado de desrespeito aos mais comezinhos preceitos jurídicos, o tacão palaciano atenta contra o