FUJA DAS REDES SOCIAIS
"Encerrei minhas contas nas redes sociais: Facebook, Twitter,
Instagram e outras!!! Voltei à pré-história digital, em nome de minha sanidade.
Mental e física.
A rede social criada por Mark Zuckerberg há quase 10 anos,
num dormitório da Harvard University, tem hoje cerca de 67 milhões de usuários
no Brasil, segundo maior número de contas, depois dos EUA. A cada momento, mais
pessoas ficam teclando ou tocando (“touch”) computadores, tablets, smartphones
no compartilhamento quase alucinado de seu dia-a-dia. Em um ano, o tempo gasto
no Facebook aumentou 208%, chegando a média de 535 minutos mensais por usuário
atualmente.
“Tá todo mundo e tudo de todos no ‘Face’!”. Tomando
como exemplo somente esta maior rede social, deixando de lado Linkedin,
Twitter, Instagram, Tumblr, Pinterest, Club Penguin e iniciativas como o
Google+, tudo está sendo difundido com muito pouca ordem na rede mundial.
Lá estão, na sua maioria, pessoas comuns, com rotinas
comuns, falando com outros cidadãos de sua cidade ou país e outros. Mas há
também aproveitadores, facínoras, presidiários, pedófilos e até, animais...
Todos em sua companhia... Fuja logo!!!
Um dos exemplos: “o carcereiro Nathan Singh, de 27 anos,
foi demitido do centro de detenção HMP Leicester, na Inglaterra, por ser
‘amigo’ de 13 presidiários no Facebook. Sete deles haviam sido detidos por
relacionamento com drogas, assassinato, fraude ou roubo. Singh também era
suspeito de fornecer telefones celulares e outros itens proibidos aos
‘seguidores’ ou ‘seguidos’ presos. O
jornal The Sun também divulgou uma foto do Facebook na qual ele aparece com o
traficante Tyrone Leadeatt, de 28 anos. Na rede social, o ex-carcereiro define
o preso como ‘um bom amigo’, que conheceu há 10 anos.”
É rara esta relação promíscua na rede? Sei lá. Todos
conhecemos ou ouvimos falar de um caso de relacionamento forjado, pedófilo ou
até criminoso oriundo nos sites de relacionamento e no “Face”.
Outro exemplo de suas parcerias nas redes: “Koda, Kiara e Jasmim levam a vida que todo
bicho de estimação pediu a Deus ou algo que equivalha para os cães. As sombras
do Parcão (em Porto Alegre), o agito dos shopping centers e as ruas do bairro
Moinhos de Vento são rumos corriqueiros dos três peludos, guiados (...) em um
carrinho para pets. (...) Além do mimo dos donos, cada um ganhou uma conta no
Facebook, onde compartilham fotos e relatam, via o ghost writter e caçula da
família (...), suas impressões do dia a dia.” (Zero Hora, 3 de fevereiro de
2013)
Não sabemos se por obsessão ou por entretenimento somente,
mas o vício digital está no ar, o que alguns chamam de “hiperdocumentação” do
cotidiano na internet virou mania. Fixação? Dependência? Todos postam tudo a
todo o momento. Ninguém mais vai pra balada pra curtir. Vai pra registrar e
postar. Nenhum show ou peça de teatro pode ser tranquilamente apreciado sem o
inferno das tuitadas ou digitalização das imagens em máquinas cada vez mais
modernas, em gadgets cada vez mais poderosos. Ninguém aprecia a vida e a natureza.
Registra, posta, tuíta...Chega-se ao cúmulo de casais sentarem à mesa em um
restaurante ou banco da praça e ao invés de conversarem, ficarem de olhos
vidrados em suas aparelhinhos moderninhos conferindo e-mails, olhando o “Face”,
curtindo isto e aquilo... E até se comunicando somente através dos
smartphones, por tuitadas ou SMS, mesmo podendo falar...
E o pior: estas redes também são, como já escrevemos, portas
escancaradas para o crime. Bandidos comandam suas quadrilhas de dentro de
presídios. Chantageiam incautos e ordenam execuções, usando a internet.
Monitoram suas vítimas. Por mais que haja a mensagem de denunciar a pornografia
e a pedofilia, dia destes, uma das maiores redes sociais “lincava” uma página
que fazia apologia à pornografia infantil. Durante horas ficou disponível, com
imagens de meninos seminus sob o título de “Loves Boys”.
Fenômenos locais se transformaram em celebridades através
das redes. O cantor sertanejo Michel Telo teve sua música "Ai Se Eu Te
Pego" como a mais baixada no iTunes em muitos países da América Latina e
da Europa, após ter sido um dos vídeos mais populares no YouTube de todos os
tempos em âmbito mundial. Teló tem cerca de seis milhões de seguidores no
Facebook. Outros casos exemplares são os do sul-coreano Psy e seu “sucesso
cavalgante” Gangnam Style e das britânicas Adele, Susan Boyle, Jesuton. A rede
espalhou seus sons ao vento. Ou na nuvem, como é mais atual.
Seja chato, narcisista, “baladeiro”, turista, cozinheiro,
todos querem compartilhar, xeretar e bisbilhotar, num movimento compulsivo
diuturno. Pode ser democrático, mas vicia. Pode ser moderno, mas aliena. Pode
ser inclusivo, mas nos afasta do convívio social, por incrível que pareça.
Eu, se fosse você, fugia destas companhias! Escape das
redes, antes que seja tarde! Eu já escapuli!" (Vilson Romero)
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