IMPRENSA LIVRE SEMPRE
"A organização não-governamental Repórteres Sem Fronteiras (RSF), com sede em Paris, apresenta em seu sítio na Internet (www.rsf.org) o Barômetro da Liberdade de Imprensa, atualizado a cada ocorrência contra os profissionais da comunicação social em todo o mundo.
Ao redigirmos este artigo, como reflexão ao transcurso do Dia Internacional da Liberdade de Imprensa, o semáforo dos atentados à informação assinalava que, em 2011, já foram mortos 18 jornalistas e dois colaboradores, sendo que há também 150 profissionais e nove colaboradores detidos em prisões espalhadas pelos cinco continentes.
Recuperando um pouco a história, em 1993, a Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (Onu) proclamou 3 de maio como o Dia Internacional da Liberdade de Imprensa (decisão 48/432, de 20 de dezembro). A data comemora a Declaração de Windhoek para Promover uma Imprensa Africana Independente e Pluralista, aprovada em 3 de Maio de 1991 pelo Seminário sobre o mesmo tema, organizado pela Unesco e Onu em Windhoek (Namíbia).
Já a Associação Mundial de Jornais e Editores de Notícias (WAN-IFRA) realça a importância de “defender e promover uma imprensa livre e independente em todo o mundo”, tendo como marco de comemoração e referência na sua luta o 3 de maio (World Press Freedom Day).
Inúmeras outras iniciativas se multiplicam em todos os cantos do planeta através de entidades representativas e organizações civis, sempre tendo como foco os preceitos inseridos no artigo 19 da Declaração Universal dos Direitos Humanos.
Não custa refrescar a memória! O artigo 19 reza: “Todo o homem tem direito à liberdade de opinião e expressão; este direito inclui a liberdade de, sem interferências, ter opiniões e de procurar, receber e transmitir informações e idéias por quaisquer meios, independentemente de fronteiras.”
Quem olha para os rankings de 2010, percebe que as condições de trabalho dos profissionais da mídia têm se deteriorado em muitas regiões, em especial nas zonas de conflito por guerra ou ações criminosas intensivas como Afeganistão, Paquistão, Somália e México.
Por outro lado, os analistas constatam que crescimento econômico não representa aumento das liberdades. O desenvolvimento dos chamados BRICs (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) é muito semelhante, mas há disparidades significativas entre as situações da liberdade de imprensa. Enquanto o Brasil apresentou, nos últimos tempos, uma evolução favorável, a Índia caiu sensivelmente e a Rússia ocupa ainda um lugar medíocre. Quanto à China, o governo continua censurando, reprimindo e prendendo vozes dissidentes. No sul do continente africano, os órgãos de comunicação social têm igualmente protestado contra os planos do governo, alegando que estes pretendem calar a imprensa para proteger os dirigentes corruptos.
No que tange à América, a Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP) emitiu recente comunicado em que afirma que “a liberdade de expressão está em processo de deterioração em quase todo o continente americano”. O documento acrescenta: “O triste recorde de jornalistas assassinados continuou a se expandir nos últimos seis meses na América Latina, onde o estado da liberdade de expressão é severamente deteriorado na maioria do continente, particularmente na Argentina e no Equador". No texto, o crime organizado ganha destaque negativo, pois o trabalho de denúncia e investigação de suas ações já resultou na morte de cinco jornalistas nos últimos seis meses - três no México, um no Paraguai e um em Honduras. Outros fatores que complicam a atuação livre dos mercadores da informação são as demandas judiciais e a legislação restritiva. A SIP lembra também da pressão governamental através da distribuição arbitrária de publicidade oficial e o emprego de organismos oficiais para frear a crítica jornalística.
O trabalho incessante na busca de uma imprensa livre deve seguir movendo organizações não-governamentais, sejam sindicatos ou associações de trabalhadores e empresas de mídia ou representações da sociedade civil. Quem padece com os obstáculos ao livre exercício do trabalho do jornalista são a democracia e o Estado democrático de Direito. Isto tem que ser combatido. De todas as formas. Sempre! " (Vilson Antonio Romero)
Ao redigirmos este artigo, como reflexão ao transcurso do Dia Internacional da Liberdade de Imprensa, o semáforo dos atentados à informação assinalava que, em 2011, já foram mortos 18 jornalistas e dois colaboradores, sendo que há também 150 profissionais e nove colaboradores detidos em prisões espalhadas pelos cinco continentes.
Recuperando um pouco a história, em 1993, a Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (Onu) proclamou 3 de maio como o Dia Internacional da Liberdade de Imprensa (decisão 48/432, de 20 de dezembro). A data comemora a Declaração de Windhoek para Promover uma Imprensa Africana Independente e Pluralista, aprovada em 3 de Maio de 1991 pelo Seminário sobre o mesmo tema, organizado pela Unesco e Onu em Windhoek (Namíbia).
Já a Associação Mundial de Jornais e Editores de Notícias (WAN-IFRA) realça a importância de “defender e promover uma imprensa livre e independente em todo o mundo”, tendo como marco de comemoração e referência na sua luta o 3 de maio (World Press Freedom Day).
Inúmeras outras iniciativas se multiplicam em todos os cantos do planeta através de entidades representativas e organizações civis, sempre tendo como foco os preceitos inseridos no artigo 19 da Declaração Universal dos Direitos Humanos.
Não custa refrescar a memória! O artigo 19 reza: “Todo o homem tem direito à liberdade de opinião e expressão; este direito inclui a liberdade de, sem interferências, ter opiniões e de procurar, receber e transmitir informações e idéias por quaisquer meios, independentemente de fronteiras.”
Quem olha para os rankings de 2010, percebe que as condições de trabalho dos profissionais da mídia têm se deteriorado em muitas regiões, em especial nas zonas de conflito por guerra ou ações criminosas intensivas como Afeganistão, Paquistão, Somália e México.
Por outro lado, os analistas constatam que crescimento econômico não representa aumento das liberdades. O desenvolvimento dos chamados BRICs (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) é muito semelhante, mas há disparidades significativas entre as situações da liberdade de imprensa. Enquanto o Brasil apresentou, nos últimos tempos, uma evolução favorável, a Índia caiu sensivelmente e a Rússia ocupa ainda um lugar medíocre. Quanto à China, o governo continua censurando, reprimindo e prendendo vozes dissidentes. No sul do continente africano, os órgãos de comunicação social têm igualmente protestado contra os planos do governo, alegando que estes pretendem calar a imprensa para proteger os dirigentes corruptos.
No que tange à América, a Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP) emitiu recente comunicado em que afirma que “a liberdade de expressão está em processo de deterioração em quase todo o continente americano”. O documento acrescenta: “O triste recorde de jornalistas assassinados continuou a se expandir nos últimos seis meses na América Latina, onde o estado da liberdade de expressão é severamente deteriorado na maioria do continente, particularmente na Argentina e no Equador". No texto, o crime organizado ganha destaque negativo, pois o trabalho de denúncia e investigação de suas ações já resultou na morte de cinco jornalistas nos últimos seis meses - três no México, um no Paraguai e um em Honduras. Outros fatores que complicam a atuação livre dos mercadores da informação são as demandas judiciais e a legislação restritiva. A SIP lembra também da pressão governamental através da distribuição arbitrária de publicidade oficial e o emprego de organismos oficiais para frear a crítica jornalística.
O trabalho incessante na busca de uma imprensa livre deve seguir movendo organizações não-governamentais, sejam sindicatos ou associações de trabalhadores e empresas de mídia ou representações da sociedade civil. Quem padece com os obstáculos ao livre exercício do trabalho do jornalista são a democracia e o Estado democrático de Direito. Isto tem que ser combatido. De todas as formas. Sempre! " (Vilson Antonio Romero)
A liberdade de expressão é um direito de todos!
ResponderExcluirAs organizações e a sociedade cívil devem exercer os seus direitos de plena liberdade de expressão e direito ! Parabéns!
Jackie Keim