O combate à corrupção e a internet (I)
Embora ainda tímido, o movimento de protesto contra a corrupção, convocado pelas redes sociais e difundido boca-a-boca nas esquinas, levou dezenas de milhares de brasileiros às ruas no 7 de setembro e deve engrossar a mobilização em outras datas já agendadas.
O clamor público pela aplicação da Lei da Ficha Limpa e pela punição de corruptores e corruptos foi acrescido dos pedidos de revisão de medidas que propiciam práticas e comportamentos licenciosas, como o foro privilegiado, as emendas parlamentares individuais e o expressivo número de cargos comissionados em todas as esferas de governo e em todos os Poderes.
Antes disto, a imprensa internacional já havia saudado as iniciativas oficiais contra a praga que assola as terras tupiniquins. O jornal britânico Financial Times publicou editorial no final de agosto, intitulado "Vassoura nova de Dilma", onde sugere que, além da substituição de ministros ligados a escândalos, deve haver diminuição da burocracia e reforma tributária.
Levantamento da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) é mencionado no texto, avaliando que a corrupção custa ao Brasil cerca de 2% do Produto Interno Bruto (PIB), entre R$ 50 bilhões e R$ 84 bilhões por ano.
O economista Marcos Fernandes da Silva, da Fundação Getúlio Vargas, estima que, somente nas operações dos órgãos federais de controle e polícia, foram detectados desvios de R$ 40 bilhões, entre 2002 e 2008.
Ao invés de ficarmos nos espantando e esbravejando contra o Brasil que se esvai pelo ralo da improbidade administrativa, do peculato e das demais formas de desvio de dinheiro público, podemos contribuir, de alguma forma, para estancar esta sangria.
Algumas organizações, oficiais e não-governamentais, criaram ferramentas de controle na Internet, à disposição de todos nós, indignados com a malversação do nosso rico dinheirinho.
A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) instalou o Observatório da Corrupção, onde, através do endereço http://observatorio.oab.org.br/, podemos denunciar casos de corrupção.
A OAB realça que o Observatório será, também, um instrumento para que a sociedade exerça seu insistente interesse no rápido julgamento de casos de corrupção, acompanhando os andamentos e pleiteando os julgamentos em todas as instâncias.
No RS, foi disponibilizado o portal eletrônico http://www.agorachega.org.br onde entidades e representantes da sociedade civil organizada querem fomentar a mobilização para a luta contra este, que é um das maiores chagas nacionais. O site oferece ferramentas à população interessada, como o monitoramento de escândalos e espaço para sugestões de leis de iniciativa popular.
Já a Transparência Brasil (http://www.transparencia.org.br/), fundada em abril de 2000 por um grupo de indivíduos e organizações não-governamentais (ONG) comprometidos com o combate à corrupção, entende que a tarefa de combater a corrupção no Brasil “não pode perder de vista o tamanho da economia brasileira, a existência de 26 estados (e mais o Distrito Federal) e cerca de 5650 municípios, 200 deles de grandes dimensões populacionais, e as enormes disparidades regionais do país”.
A ONG disponibiliza em seu site diversos relatórios de pesquisa sobre a corrupção em diferentes esferas. (continua...)
O clamor público pela aplicação da Lei da Ficha Limpa e pela punição de corruptores e corruptos foi acrescido dos pedidos de revisão de medidas que propiciam práticas e comportamentos licenciosas, como o foro privilegiado, as emendas parlamentares individuais e o expressivo número de cargos comissionados em todas as esferas de governo e em todos os Poderes.
Antes disto, a imprensa internacional já havia saudado as iniciativas oficiais contra a praga que assola as terras tupiniquins. O jornal britânico Financial Times publicou editorial no final de agosto, intitulado "Vassoura nova de Dilma", onde sugere que, além da substituição de ministros ligados a escândalos, deve haver diminuição da burocracia e reforma tributária.
Levantamento da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) é mencionado no texto, avaliando que a corrupção custa ao Brasil cerca de 2% do Produto Interno Bruto (PIB), entre R$ 50 bilhões e R$ 84 bilhões por ano.
O economista Marcos Fernandes da Silva, da Fundação Getúlio Vargas, estima que, somente nas operações dos órgãos federais de controle e polícia, foram detectados desvios de R$ 40 bilhões, entre 2002 e 2008.
Ao invés de ficarmos nos espantando e esbravejando contra o Brasil que se esvai pelo ralo da improbidade administrativa, do peculato e das demais formas de desvio de dinheiro público, podemos contribuir, de alguma forma, para estancar esta sangria.
Algumas organizações, oficiais e não-governamentais, criaram ferramentas de controle na Internet, à disposição de todos nós, indignados com a malversação do nosso rico dinheirinho.
A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) instalou o Observatório da Corrupção, onde, através do endereço http://observatorio.oab.org.br/, podemos denunciar casos de corrupção.
A OAB realça que o Observatório será, também, um instrumento para que a sociedade exerça seu insistente interesse no rápido julgamento de casos de corrupção, acompanhando os andamentos e pleiteando os julgamentos em todas as instâncias.
No RS, foi disponibilizado o portal eletrônico http://www.agorachega.org.br onde entidades e representantes da sociedade civil organizada querem fomentar a mobilização para a luta contra este, que é um das maiores chagas nacionais. O site oferece ferramentas à população interessada, como o monitoramento de escândalos e espaço para sugestões de leis de iniciativa popular.
Já a Transparência Brasil (http://www.transparencia.org.br/), fundada em abril de 2000 por um grupo de indivíduos e organizações não-governamentais (ONG) comprometidos com o combate à corrupção, entende que a tarefa de combater a corrupção no Brasil “não pode perder de vista o tamanho da economia brasileira, a existência de 26 estados (e mais o Distrito Federal) e cerca de 5650 municípios, 200 deles de grandes dimensões populacionais, e as enormes disparidades regionais do país”.
A ONG disponibiliza em seu site diversos relatórios de pesquisa sobre a corrupção em diferentes esferas. (continua...)
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