POR UMA COPA FIFA "PADRÃO BRASIL"
O
ministério do Esporte espera que a Copa do Mundo movimente cerca de US$183
bilhões, com um impacto econômico positivo da ordem dos US$105 bilhões. Na
outra ponta, as estimativas de gastos
chegam a cifra dos R$ 40 bilhoes. Bancados,
pelo menos por enquanto – já que parte são emprestados -, pelos cofres
públicos, foram cerca de R$ 25 bilhões oriundos de BNDES, Caixa Econômica, Banco
do Brasil, bancos estaduais e recursos orçamentários da União, dos Estados e das
12 capitais que sediarão jogos.
Com a
expectativa de receber – já estão por aí – entre 600 mil e 850 mil turistas
estrangeiros, somente para garantir sua tranqüilidade, deverão ser gastos, em
segurança, quase R$ 2 bilhões.
Na lista
dos convidados mais de duas dezenas de chefes de Estado, 732 jogadores, outros
tantos de integrantes das delegações das 32 equipes.
O
exército que tentará também conter cidadãos descontentes, arruaceiros,
desocupados oportunistas, bem como dos vândalos e criminosos infiltrados é formado
por 57 mil soldados das Forças Armadas e 100 mil policiais federais, militares
e civis estaduais, além de guardas municipais.
Não
esqueçamos que nossos black blocs e outros importados estão à solta. Junto com
eles, cuidado com os hooligans bretões e os barrabravas platinos.
Por mais
que, desde o outubro de 2007, quase sete
anos após o Brasil ter sido escolhido para sediar o campeonato mundial,
continuemos vendo aeroportos precários, cidades escuras, ruas esburacadas,
viadutos sujos e pichados, entorno dos estádios com obras inacabadas, vai ter
Copa. Vai ser uma Copa Fifa “padrão Brasil”.
Nesta
semana, todo este debate prévio, o mar de lamúrias, as reclamações se encerram,
pois a bola vai rolar. Vai falar mais alto o confronto dentro de campo. As
equipes vão se desdobrar para superar seus adversários e chegarem vivas na
primeira quinzena de julho, de preferência, na final do dia 13.
Por mais
que até a herdeira dos Havelange tenha confessado que “o que tinha que ser
gasto, roubado, já foi” ela também recomendou: “Eu quero mais é que quem chegue
de fora veja um Brasil que sabe receber, que sabe ser gentil”.
Isto
mesmo: façamos nossa hospitalidade superar o
desconforto no desembarque dos aeroportos, a dificuldade de arrumar taxi, a
eventual exploração nos preços do comercio, dos serviços e dos hotéis.
Façamos
uma bela Copa. Padrão Brasil. Um excepcional momento do futebol mundial com
grandes espetáculos dentro das quatro linhas. E quiçá o Brasil saia
hexacampeão. É o que todos esperamos. Vai ter Copa!
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