#SAIDARUA
A #Op7 que era para ser o "maior protesto da história
do Brasil", esvaziou. O que se viu foram os cidadãos descontentes com a
situação da saúde, da educação, da segurança e do transporte público, entre
outros temas preocupantes do dia-a-dia, fugirem das aglomerações, da Marcha dos
Excluídos e de todos os movimentos alvoroçados de repúdio à situação do País.
Os protestos do Dia da Pátria tiveram menos manifestantes e
mais prisões e violência que os de junho.
As manifestações continuaram obedecendo o mesmo processo de
"propagação viral" de protestos em outros países, como a Primavera
Árabe, no mundo árabe, Occupy Wall Street, nos EUA, e Los Indignados, na
Espanha.
Mas o sumiço de grande parte dos manifestantes deve ser
consequência da maior violência, depredação, pichações, vandalismo e inconsequência
em geral nos protestos, associada à criminalização dos atos pelo país.
A convocação das mobilizações pelo grupo de hackers
Anonymus, por anarquistas em particular e pela presença mais incisiva dos
mascarados “black blocs”, com táticas mais agressivas, seria um dos fatores a afugentar
estudantes e movimento sociais dos atos.
Nas 11 principais capitais brasileiras, 335 pessoas foram
presas no 7 de setembro. Enquanto o
número de prisões aumentou de junho para cá, a quantidade de participantes nos
protestos desabou. Em São Paulo, por exemplo, foram apenas 2.000, contra 110
mil, no dia 20 de junho -- auge das manifestações, quando um milhão de pessoas
foram às ruas em todo o país.
A par disto, a avaliação do governo torna a subir, mesmo com
a maioria (54%) de entrevistados em recente pesquisa na CNT/MDA dizendo que não
houve nenhuma melhora no país após as manifestações de junho e que a economia e
a inflação seguem preocupando.
Se o vandalismo e a violência não estivessem soltas, mais
brasileiros estariam, com certeza , nas ruas, reivindicando condições melhores
para si e para os seus. Mas, com a baderna generalizada, acaba, ao invés de
prevalecer o hashtag #vamospraluta, se sobressai o #saidarua. Lamentável!
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