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Mostrando postagens de 2014

FELIZ 2016!

"2015 será nosso Rubicão! Como em janeiro de 49 a.C., o general e estadista romano Caio Júlio César tomou uma decisão crucial: atravessar o Rubicão, nós, brasileiros, neste ano e talvez no próximo, teremos de  “apertar o cinto”, poupar, como sinônimo de "pensar grande", ultrapassar fronteiras. O que significa que teremos à frente , como já alardeado, um caminho difícil e desconfortável. De arrocho e ajuste! O navio está fazendo água! O iceberg do desgoverno, do clientelismo, do descontrole e da corrupção atingiu em cheio o casco do transatlântico Brasil. Para a operação de resgate foi chamado um engenheiro naval. Como o conserto urge, a equipe do engenheiro ameaça promover um ajuste "firme e rápido" na economia, evitando adiar decisões e buscando se antecipar a problemas. Na contramão do controle das contas públicas, o Parlamento deu um excepcional mau exemplo, brindando as cúpulas dos Três Poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário) com aumentos que sup

O CIPOAL DA REFORMA POLÍTICA

Enquanto a reforma tributária, uma das mais importantes para o país, não avança, a não ser através de remendos pontuais, como a perenização da desoneração da folha, a outra mudança primordial se arrasta no Congresso há mais de duas décadas: a reforma política. O cipoal legiferante sobre o tema abrange desde o Código Eleitoral (Lei nº 4.737, de 15 de julho de 1965), a Lei dos Partidos Políticos (Lei nº 9.096, de 19 de setembro de 1995) até a Lei das Eleições (Lei nº 9.504, de 30 de setembro de 1997), incluindo também alteração na Lei nº 9.709, de 18 de novembro de 1998. E outros quetais. A reeleita mandatária elegeu esta mudança como prioritária em seu segundo mandato, mas parece que “não combinou com os russos”. Se no primeiro mandato, onde sua influência superava os 70% nas duas casas congressuais, o assunto não avançou, será que agora vai? Mesmo com a redução expressiva da base de apoio? Veremos! A comunidade formadora de opinião conflui para o pensamento de que é necessária u

POR UMA COPA FIFA "PADRÃO BRASIL"

O ministério do Esporte espera que a Copa do Mundo movimente cerca de US$183 bilhões, com um impacto econômico positivo da ordem dos US$105 bilhões. Na outra ponta, as estimativas de gastos chegam a cifra dos R$ 40 bilhoes. Bancados, pelo menos por enquanto – já que parte são emprestados -, pelos cofres públicos, foram cerca de R$ 25 bilhões oriundos de BNDES, Caixa Econômica, Banco do Brasil, bancos estaduais e recursos orçamentários da União, dos Estados e das 12 capitais que sediarão jogos. Com a expectativa de receber – já estão por aí – entre 600 mil e 850 mil turistas estrangeiros, somente para garantir sua tranqüilidade, deverão ser gastos, em segurança, quase R$ 2 bilhões. Na lista dos convidados mais de duas dezenas de chefes de Estado, 732 jogadores, outros tantos de integrantes das delegações das 32 equipes. O exército que tentará também conter cidadãos descontentes, arruaceiros, desocupados oportunistas, bem como dos vândalos e criminosos infiltrados é formado por 5

A DESBUROCRATIZAÇÃO PREVIDENCIÁRIA E TRABALHISTA

A partir do próximo ano, grande parte das empresas brasileiras irá deixar de apresentar inúmeras declarações ao governo federal, substituindo-as por um único sistema. Desenvolvido conjuntamente pela Caixa Econômica Federal (CEF), pelo  Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), pelo Ministério da Previdência Social (MPS), pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) e pela Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB), o Sistema de Escrituração Digital das Obrigações Fiscais, Previdenciárias e Trabalhistas (eSocial) traz mudanças profundas na relação empresa – trabalhador - poder público. A implementação desta nova ferramenta, apesar de críticas que têm recebido de alguns setores empresariais, objetiva viabilizar a garantia de direitos previdenciários e trabalhistas, simplificar o cumprimento das chamadas obrigações acessórias e melhorar a qualidade de informações sobre as relações de trabalho. Neste ambiente exclusivamente digital, inicialmente as grandes empresas (regime de lu

À MULHER DE TODOS OS DIAS

Em 8 de março de 1857, em Nova Iorque, morreram 129 tecelãs de uma fábrica de tecidos, numa ação da polícia para conter manifestações por melhores condições de trabalho. Elas só queriam a diminuição da jornada de trabalho de 14 para 10 horas por dia e o direito à licença-maternidade. Foram sacrificadas por suas bandeiras. Em 1910, idealizou-se a homenagem a estas mulheres como símbolo da luta feminina, mas somente em 1975 a Organização das Nações Unidas (Onu) reconheceu e decretou o 8 de março como Dia Internacional da Mulher.  Filhas, irmãs, namoradas, amantes, esposas, mães, avós, bisavós...Parafraseando o cineasta Arnaldo Jabor: “Vou falar um pouco de mulher eu que mal as entendo na vida. Não falarei das coxas e seios e bumbuns... Falo de uma aura que as percorre”. Papéis complexos e completos da trajetória destes seres poderosos. Mulheres. No início, dizem as escrituras, Deus fez o homem e, de sua costela, criou o segundo ser: a mulher. Mas, mesmo vindo depois, todos os demais

A PRÓXIMA VÍTIMA

Santiago Ilídio Andrade, 49 anos, foi o primeiro profissional da imprensa a perder a vida nas manifestações desde a metade do ano passado, mas não foi a primeira vítima. Antes dele, em 20 de junho de 2013, o estudante Marcos Delefrate, de 18 anos, morreu após ser atingido por um carro que feriu outras 12 pessoas, no final de manifestação que reuniu cerca de 20 mil pessoas em Ribeirão Preto (SP). No mesmo dia, a gari Cleonice de Moraes, de 51 anos, que trabalhava na prefeitura de Belém (PA), varrendo ruas da área do mercado Ver-o-Peso, foi atingida por gás lacrimogêneo lançada pela Polícia Militar, passou mal e não resistiu. Valdinete Rodrigues Pereira, de 40 anos, e Maria Aparecida, 62 anos, também morreram atropeladas durante um protesto na BR-251, no distrito de Campos Lindos, em Cristalina (GO), na manhã de 24 de junho. Douglas Henrique de Oliveira, de 21 anos, não sobreviveu ao cair do viaduto José Alencar durante uma manifestação em Belo Horizonte (MG), cinco dias após. Luiz F

MORTE AOS JORNALISTAS!

Como em todo o final ou início de ano, as entidades representativas de jornalistas ou de defesa da liberdade de imprensa em todo o mundo assombram leitores, telespectadores, internautas e ouvintes com os números consolidados do massacre contra os comunicadores. Neste ano, a ONG Repórteres Sem Fronteiras (RSF), com sede na França, apontou, em seu balanço anual, que chegou a 71 o número de jornalistas assassinados no exercício da profissão em 2013. Apesar do número deveras preocupante, a RSF saúda a redução das ocorrências criminosas contra profissionais de imprensa, pois, em 2012, a entidade havia registrado a lamentável perda de 88 jornalistas em todo o mundo. Por outro lado, a RSF reporta que o número de sequestros de jornalistas cresceu 129%, passando de 38 em 2012 para 87 ocorrências no ano que findou. Índia e Filipinas, juntamente com Síria, Somália e Paquistão ponteiam a lista nefasta dos locais onde mais matam jornalistas. Já o Instituto Internacional da Imprensa (IPI) q